Nos últimos anos, o volume de heroína transportado do Afeganistão através de uma rede de rotas marítimas na África Oriental e Austral tem vindo a aumentar consideravelmente. Desenvolveu-se um mercado ilícito regional integrado, que forma e é formado por desenvolvimentos políticos. O continente africano tem vindo a observar o maior aumento do consumo de heroína do mundo inteiro, com um vasto espectro de redes criminosas e elites políticas na África Oriental e Austral substancialmente envolvidas no comércio. Existe uma necessidade premente de novas abordagens políticas.
Sobre os autores
Mark Shaw é diretor da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI TOC) e investigador visitante superior do Projeto Internacional sobre Políticas de Drogas da London School of Economics. Até recentemente, foi professor de Justiça e Segurança da National Research Foundation no Centro de Criminologia da Universidade da Cidade do Cabo, onde hoje é professor adjunto. Trabalhou formalmente em várias funções no Gabinete das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime.
Peter Gastrow é conselheiro superior na GI TOC. Residente na Cidade do Cabo, exerceu advocacia no Supremo Tribunal e serviu como parlamentar e assessor do ministro da polícia sul-africano. O crime organizado tem sido o seu principal foco de investigação desde que se tornou diretor do Instituto de Estudos de Segurança da Cidade do Cabo e membro superior do Instituto Internacional da Paz em Nova Iorque.
Simone Haysom é analista superior da GI TOC e académica visitante do Departamento de Estudos Africanos da Universidade de Oxford. Já trabalhou como investigadora no Overseas Development Institute, em Londres, e passou vários anos a trabalhar como consultora em questões relacionadas com o deslocamento forçado, o desenvolvimento urbano, o crime organizado e o policiamento.
Imagem da capa: © Africa Studio – Adobe Stock